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Ler livros ou fazer Faculdade?

Read.

“O borracheiro que trocou o pneu do meu carro agora há pouco me perguntou se eu era escritor. (Ele achou incrível a quantidade de livros e revistas que eu tenho no carro). Quando disse que era, ele me perguntou se ler um livro era melhor do que fazer uma faculdade, eu disse, Os cursos das faculdades são montados em cima de livros. O professor nada mais é do que um leitor de livros. Quando você faz uma faculdade, você paga para alguém ler o livro para você. O que você prefere, comprar o livro na livraria por 30 reais e lê-lo em um mês, ou pagar R$ 1.000,00 por mês para alguém ler o mesmo livro durante 6 meses?”

O que VOCÊ prefere?”

Citado de Ricardo Jordão Magalhães.

Comece bem a semana, vá comprar livros!

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SOBRE O AUTOR

Rafael Rez

Autor do livro “Marketing de Conteúdo: A Moeda do Século XXI”, publicado pela DVS Editora. Possui MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2013. Fundador da consultoria de marketing digital Web Estratégica, já atendeu mais de 1.000 clientes em 20 anos de carreira. Co-fundador da startup GoMarketing.cloud. Fundou seu primeiro negócio em 2002, de onde saiu no final de 2010. Foi sócio de outros negócios desde então, mantendo sempre como atividade principal a direção geral da Web Estratégica. Além de Empreendedor e Consultor, é Professor em diversas instituições: HSM Educação, ILADEC, Cambury, ESAMC,ALFA, ESPM, INSPER. Em 2016 fundou a Nova Escola de Marketing.

16 respostas

  1. A partir desse pensamento temos um problema: quais livros ler?

    Além disso, o professor deve ser uma pessoa que não seja somente um mero leitor de livros, ele também passa sua experiência para os alunos. O professor já passou por várias situações de sufoco em que um livro pode tê-lo ajudado, mas certamente ele passou por muito mais situações que foram resolvidas pedindo a ajuda de alguém com mais experiência e conhecimento. O professor sabe quais os pontos de maior dificuldade, e ele estuda para saber como atingir esses pontos e ajudar o aluno.

    Segue um conselho então: se alguém tiver um filho, não o matricule em escola nenhuma, compre os livros e dêem a ele. Seus orçamentos agradecem.

    Ou para quem quiser seguir uma carreira, que tal medicina? Compre os livros de anatomia e abra um consultório médico, torne-se um cirugião. Mas me dê seu nome, nunca me tratarei com você.

  2. Israel,

    Meu intuito (e com certeza o intuito do Jordão também) não foi desmerecer os professores.

    Eu também dou aula, meu sogro é professor, minha irmã é professora, minha sogra é professora, tenho amigos e primos que são professores, enfim… conheço de perto as dificuldades e a vida de bons (e de vários maus) professores.

    Mas não dá para negar que um aluno que lê a bibliografia recomendada pelo professor aprende mais que aquele que só assiste aula e quando muito lê uma apostila.

    A experiência transmitida via oral é fantástica e enriquecedora, mas é inegável que o conhecimento documentado num livro é melhor aprendido e retido pelo aluno.

    Enfim… uma das minha metas como ser humano é estimular outras pessoas a lerem mais e viverem o prazer da leitura e do aprendizado.

    Mas se você preferir se tratar com médicos que nunca leram livros, eu te passo alguns telefones!

    Abraço e boa semana!

    Rafael

  3. Eu leio muito, tenho uma pequena biblioteca em casa e uma pilha de livros novos para ler. Eu acho a leitura muito importante também. Concordo com qualquer tipo de iniciativa para incentivar as pessoas a lerem mais.

    Entretanto, acho que também é inegável o fato de que foi retirado grande parte do crédito das faculdades (onde quem faz a faculdade são os professores e sua estrutura e um pouco o tipo de público que frequenta – alunos).

    As frases “Quando você faz uma faculdade, você paga para alguém ler o livro para você.” e “O que você prefere, comprar o livro na livraria por 30 reais e lê-lo em um mês, ou pagar R$ 1.000,00 por mês para alguém ler o mesmo livro durante 6 meses?” são totalmente fora da realidade. Detestaria ver as caras das pessoas do clube de robótica ou de inteligência artifical da faculdade ao descobrirem que eles só estão ali para ler livros para os outros.

    Eu tenho duas graduações e faço pós-graduação. Não estou puxando a brasa para o meu lado, mas sim discordando de um ponto de vista errado já que conheço bem o meio. Além disso, livros de 30 reais são de histórinhas e ficção e não dão conhecimento técnico ou específico a ninguém. Esse tipo de livro pode chegar a custar 300 reais ou mais (até bem mais).

    Quanto ao médico, foi um exemplo um tanto irônico, se você não percebeu. Mas se você quiser o contato de algum médico que só leu e nunca se graduou, me desculpe, não possuo nenhum. Fico devendo!

    Ótima semana para você também.

  4. “Ler livros ou fazer Faculdade!”

    Devo dizer que achei o o texto no minimo inocente, para não dizer até idiota, a partir do próprio título.

    Rafael, acredito que o que o Israel está dizendo é simplesmente que não é possível alguem se tornar um profissional em qualquer área simplesmente lendo livros e desprezando completamente toda a experiência e conhecimentos trocados não só com os professores, mas também com seus próprios colegas de classe (futuros colegas de profissão).

    Minha conclusão é a seguinte: Se você deseja conhecer mais sobre um determinado assunto leia um livro (ou vários), porém, se você deseja se tornar um profissional faça faculdade e leia livros, alias esse seria o título de um texto sobre o qual vale a pena conversar: “Ler livros E fazer Faculdade!”.

    PS.: A propósito de preferencia nessa ordem, leia livros sobre vários assuntos escolha seu tema favorito e especialize-se, assim não teríamos o incontável número de profissionais frustrados e incompetentes que infelizmente temos nas mais variadas profissões.

  5. Salve Israel,

    Eu entendi a piada do médico e entrei na brincadeira, sem ofensas!

    Pegando o gancho do Sergio Xavier:

    ALUNOS E PROFESSORES

    O que me incomoda profundamente é ver que a grande maioria dos alunos acredita que é obrigação exclusiva do professor ensinar e que se eles não aprendem o professor é que é ruim.

    Estudei em Universidades Privadas (PUC-Campinas e UNIP) e em Universidade Pública (Unicamp) e vejo que esse é um perfil que varia muito de acordo com o repertório intelectual que cada pessoa tem. Quem teve um ambiente familiar que estimula o estudo se destaca seja numa Unicamp seja na UNIP.

    Quem tem hábito de leitura estabelece vantagens intelectuais claras e aprende muito mais rapidamente que o aluno passivo, que assite aula como quem assiste um filme.

    Este é um ponto que vale a reflexão para mim, Sergio.

    Independente de o aluno ter passado no vestibular da Unicamp ou ter entrado na UNIP, é a postura dele como aluno que leva ao aprendizado. Encontrei mais gente interessada na Unicamp, mas vi muita gente boa na UNIP que estava lá por não ter condições econômicas de dedicar mais tempo ao estudo, e não por falta de interesse ou capacidade pessoal, como o senso comum costuma crer.

    FACULDADE x PROFISSÃO

    Eu trabalho hoje boa parte do meu tempo dedicado à uma atividade profissional para a qual não existe ainda Faculdade, que é a Arquitetura da Informação. Porém, qualquer um pode se auto-proclamar “Arquiteto da Informação” e não há quem determine que não o seja de fato. Minha maior base de aprendizado são livros, e não a Faculdade.

    A área de Marketing, na qual me formei, não é regulamentada como profissão e qualquer um, diplomado ou não, pode exercer a profissão. EU ACHO ISSO EXTREMAMENTE POSITIVO!

    Porém, eu nunca construiria minha casa sem um bom engenheiro, não me consulto com médicos que não confio e vou à um dentista que não tenha boa formação.

    Mas compro um carro com vendedores que nunca estudaram além do Colegial, ando de táxi com motoristas que podem tanto ser Administradores quanto Psicólogos, discuto literatura com amigos que são formados em Letras e com outros que são somente leitores leigos como eu.

    Há alguns anos a regulamentação profissional para o Jornalismo foi suspensa por liminar e o MTB pôde ser emitido para quem comprovasse prática profissional. As entidades de classe dos Jornalistas ganharam o recurso e a liminar caiu, porém inúmeros jornais continuam sendo escritos por diplomados que mal sabem escrever.

    LEITURA + FACULDADE

    Quanto às frases do Jordão, é só refletir um pouco para entender o contexto e saber que é uma radicalização para demonstrar um ponto de vista implícito. Como eu concordo com este ponto de vista implícito, reproduzi.

    Para alguém que não pode fazer uma Faculdade, ler bons livros pode ser a diferença entre o acesso à cultura e a permanência na ignorância. Acredito nisso como um paliativo até que seja possível que o borracheiro possa fazer sua Faculdade. Alguns até fazem, mas ao custo de muita dedicação e muita superação pessoal!

    Enfim, trabalhemos para que um dia todos possam fazer boas faculdades e ler muitos livros. Acredito que esse é desejo comum à todos nós (eu, Israel, Sergio Xavier).

    Abraços e obrigado pelos comentários, é bom saber que mais gente se preocupa em ler e contestar.

    A contestação implica em racionar, e como diz um blog amigo: “Pensar enlouquece, pense nisso!”

    []’s,

    Rafael

  6. Tenho que reconhecer que você fez colocações muito boas. Mas mesmo assim tenho que discordar novamente no que diz respeito ao assunto principal.

    Segundo o quê você disse, você dá aulas, tem parentes que são professores, conhecidos que são professores… Pois bem, quando a outra pessoa escreve “O professor nada mais é do que um leitor de livros.” você escreve “Comece bem a semana, vá comprar livros!” (concordando com a colocação). Além disso, diz que o que foi escrito é um exagero proposital para expor uma situação ruim, exagero aceito por você.

    Em outras palavras, o post começou dizendo que professores são inúteis e faculdades são inúteis de forma bem objetiva, e no meio disso tudo você concordou com as colocações dizendo que tinha um significado por trás e ainda por cima dizendo que você mesmo dá aula.

    SE professores são inúteis, SE você concorda com isso e SE disse que dá aula, me desculpa, mas é com todo o respeito que digo que você ESTARIA assumiu ser um inútil (estou usando lógica e proposições, não estou afirmando nada).

    Bom, esse post não dá mais para ser comentado. Pois todos os argumentos contrários são contornados com assuntos fora da questão principal. Leia o post original mais umas quinze vezes e certifique-se do que foi escrito.

    Desculpe por qualquer coisa. A propósito, essa informação pode ajudar você: a PUC tem uma pós de Arquitetura da Informação.

    Abraços, Israel.

  7. Corrigindo:

    “…ESTARIA assumindo ser..”

    Assumindo, verbo assumir no gerúndio.

    Errei o verbo e corrigi para não causar nenhum entendimento errado no que escrevi.

  8. Eu continuo achando que existem muitos professores que são inúteis QUANDO só dão o que já existe num livro, isso é uma realidade da qual não dá para fugir. Acontece diariamente em muitas Faculdades ao redor de nós.

    E quando foi este o caso, sempre dei preferência para ler a Bibliografia da disciplina – usando meus próprios critérios de discernimento acerca do que eu gostaria de ler ou não – do que aceitar uma disciplina mal dada por um mau professor.

    Agora, tomar isso como ofensa pessoal a qualquer professor é uma interpretação que cabe a quem quiser pensar assim, mas para mim é posição radical, como muitos professores constumam ser.

    Quanto aos assuntos fora da questão principal, servem para ilustrar uma perspectiva abrangente de um ponto de vista que envolve tantas variáveis que não pode ser observado de um único ponto de vista.

    Continue bem a semana, vamos comprar livros!

    PS: Pós em Arquitetura de Informação fora de cogitação antes de conhecer bem o corpo docente. Sei que a PUC Minas tem uma em Design de Interação, mas não conheço nenhuma outra.

  9. Tudo bem sobre a pós, tem um amigo meu que quer seguir nessa área e descobriu a pós. Eu estou por fora, só sei que existe. A intenção foi ajudar.

    Quando eu disse para você ler mais umas quinze vezes foi para você se atentar até mesmo ao português, à forma como foi escrito. Ele disse que o professor É um mero e inútil leitor de livros, e ainda dá para entender que o professor é metido a esperto, pois lê um livro em 6 meses quando poderia ser lido em 1 mês cobrando mensalidade ainda.

    É a isso que me refiro. Se você não achou ofensa, logo você que dá aula… O que eu posso fazer? A conversa acaba por aqui.

    Boa semana para você e boas compras.

    Se for responder, por favor, leia as quinze vezes que eu pedi. Eu não respondo mais. Já falei tudo o que eu achava e não quero saber das estatísticas e casos que envolvem o todo (já sei que você escreve bem também), pois eu nunca tratei o todo, nem o autor.

    Bom estudo.

  10. Um pouco tarde, mas como é um tema de meu interesse tenho que deixar minha opinião.

    Acredito que o ensino brasileiro como um todo é ministrado de maneira errada.

    Começamos no ensino fundamental onde dá-se prioridade para o ensino gramatical e não para a interpretação de textos. Além disso não há um estimulo para a leitura para os jovens alunos, são sugeridas obras literarias apenas porque elas irão fazer parte do vestibular.É de se estranhar tambem porque autores internacionais não são apresentados aos brasileiros em sala de aula.

    Autores como Chekov, Tolstoi, Shakespeare, Borges, Greene e outros tem mais importancia global que nossos escritores e podem facilmente serem apresentados para jovens.

    Outro erro grotesco em nosso ensino fundamental é a prioridade que dão a provas e não a trabalhos de pesquisa. Como o aluno acaba adquirindo o habito de apenas decorar a informação o ensino em si torna-se um fardo para todos os brasileiros.

    Por fim, nossa faculdade instiga uma profissionalização precoce, onde milhões de alunos fazem a escolha errada, porque obviamente desconhecem o dida-dia das profissões e não tem maturidade para fazer tal escolha na idade de 17-18 anos.

    E o ensino durante a faculdade mantem o procedimento incorreto. Como são profissionalizantes deveriam ser focadas em grande parte na pratica, o que não acontece. ( isso baseando no curso em que faço, o enfadonho e entediante curso de direito)

    No meu curso os professores REPETEM DE MANEIRA LITERAL o que está escrito nas doutrinas que preferem, e os testes continuam se baseando no modelo de decoreba e cópia.

    Engraçado notar que a prova da oab tambem não passa de outro teste de decoreba; a primeira fase são 100 teste que avaliam exclusivamente se o aluno decorou os principios gerais do curso. E a segunda fase consiste em uma peça pratica, e quatro questões praticas tambem do molde de decoreba.

    Para finalizar acredito eu que o ensino brasileiro não serve para absolutamente nada, a sua unica função é alocar jovens nas profissoes, diante da nossa cultura de regularização de profissão. Creio que um modelo ideal de educação forma um cidadão apto para viver em uma democracia( não há democracia sem uma população educada) através de um ensino generalizante e uma com uma opção para profissionalização apenas aos 23-25 anos de idade.

    O universitario brasileiro médio é inculto, ignorante, burro e despreparado frente aos universitarios de paises de primeiro mundo.

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