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Relações promíscuas entre agências e clientes

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Este vídeo (em inglês, não achei legendado e não vou conseguir legendar isso agora) mostra algumas cenas hilárias, beirando diálogos ridículos, que retratam o dia-a-dia no relacionamento entre agências (de propaganda, de publicidade, de marketing, de design) e seus clientes.

Vi o vídeo no blog de um publicitário reclamando das coisas que tem de aguentar vindas dos clientes.

PÁRA TUDO.

O relacionamento entre agências e clientes só ficou assim porque as agências deixaram. Só trabalha assim quem quer. Qualquer empresa pode escolher ter uma postura diferente, ética, séria e prudente e reagir como o garçom ou o vendedor da loja de CDs do filme.

O vídeo tem mais de 120.000 exibições até agora, o que parece refletir a indignação de quem vê, compartilha da causa e indica para outras pessoas verem. E são mais de 290 comentários, com alguns debates interessantes rolando, para quem tiver paciência de ler.

Se tanta gente concorda que trabalhar desse jeito é insustentável, cabe aos reclamões mudarem de postura. Ou então continuar acostumando mal os clientes e seguir em frente reclamando que o mundo é cruel.

Cada um escolhe o que quer pra si.

O Tom Peters já frizou que quem vende preço atrai quem compra preço, ou seja, o cliente só está fazendo o papel dele em pechinchar. Cabe a você saber dar valor ao próprio trabalho e aprender algumas técnicas de negociação para não cair em armadilhas, acreditando ingenuamente que se der um desconto agora o cliente vai te indicar um monte de outros clientes depois.

Por isso vale a pena considerar de vez em quando o lema: demita seus piores clientes!

A primeira vez que li isso na vida quase fiquei louco. Fiquei indignado. O senso comum prega que o cliente é o rei, como é que eu poderia abrir mão de um cliente?

Lendo o Seth Godin e o Tom Peters, aprendi algumas coisas valiosas que mudaram minha opinião sobre este tópico.

Seus piores clientes não fazem sua empresa evoluir, não te ajudam a inovar, sugam sua energia, seus recursos, sua criatividade e seus poucos lucros. Sem seus piores clientes atrapalhando sua empresa, você pode focar nos melhores clientes e estabelecer relacionamentos mais profundos, decicar mais tempo à estratégia deles, estudar cases, apresentar alternativas interessantes e aí sim se orgulhar de um trabalho bem feito, colhendo os frutos do seu mérito. Pode até ser que você receba boas indicações, afinal este tipo de trabalho apaixona.

Aprendi a duras penas a cultivar este hábito de saber quando dizer não e de fazê-lo sem pudores, confiando na sinceridade para conduzir bons relacionamentoes e negociações ganha-ganha.

Quando não dá, às vezes é preciso estabelecer um limite. Nem todo cliente gosta e alguns vão embora, atrás do próximo que topar uma proposta como essas do filme. Na minha experiência pessoal tem valido a pena. Agora é com você.

Alea jacta est.

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SOBRE O AUTOR

Rafael Rez

Autor do livro “Marketing de Conteúdo: A Moeda do Século XXI”, publicado pela DVS Editora. Possui MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2013. Fundador da consultoria de marketing digital Web Estratégica, já atendeu mais de 1.000 clientes em 20 anos de carreira. Co-fundador da startup GoMarketing.cloud. Fundou seu primeiro negócio em 2002, de onde saiu no final de 2010. Foi sócio de outros negócios desde então, mantendo sempre como atividade principal a direção geral da Web Estratégica. Além de Empreendedor e Consultor, é Professor em diversas instituições: HSM Educação, ILADEC, Cambury, ESAMC,ALFA, ESPM, INSPER. Em 2016 fundou a Nova Escola de Marketing.

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